"Eu também sou vítima de sonhos adiados, de esperanças dilaceradas, mas, apesar disso, eu ainda tenho um sonho, porque nós não podemos desistir da vida."

Martin Luther King

domingo, 29 de abril de 2012

Faz tanta diferença, que nem consegues dar por ela... 

Carta jogada.

Há quem jogue cartas ao ar e depois ainda as tente recuperar.
Mas há certas coisas que simplesmente não se recuperam,
pois o vento já as levou,

para bem longe.

Tempos

Existem sempre três tempos em toda a nossa vida: o Passado, o Presente e o Futuro.

Em relação ao futuro, tememo-lo.
Ao presente, desprezamo-lo.
E ao Passado, tentamos esquecê-lo, mas é o que mais impacto tem sobre nós...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

"Os ventos que às vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar...

Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi 
dado.

Pois tudo aquilo que é 
realmente nosso, nunca se vai para sempre..." 



Bob Marley

terça-feira, 24 de abril de 2012


No início.

  
No passado.


Agora.
Parvo 



"Quando a saudade não cabe no peito, transborda nos olhos."

Mais outro desabafo.

custa-me tratar-te desta maneira, mas às vezes tem de ser...
às vezes tens de ouvir certas verdades. cruas e nuas. que te fazem remoer os pensamentos, e que me quebram aos pedaços.
custa-me. a sério que me custa! embora nunca to mostre...
eu sou muito boa a fingir. é só isso.
por isso espera só mais um bocadinho.
eu quero-te dar uma segunda oportunidade, mas ao mesmo tempo não, pois quero te mostrar o quanto me custou ter-te visto a fazer o que fizeste.
mas quero dar-te uma segunda oportunidade!

se me tens ouvido nestes dias, a mandar-te indiretas, a dizer-te certas verdades, a quase gritar contigo e até mesmo desprezar-te...
agora é a minha vez de te pedir que me ouças mais uma vez,
não to quero obrigar, por isso, é que te peço.

Vamos voltar aos nossos tempos de outrora. Em que brincávamos, em que riamos e falávamos horas e horas. Quero voltar às nossas brincadeiras ingénuas e tão doces. Quero voltar a ter o teu sorriso mais uma vez. Quero voltar a sentir o mesmo que sentia por ti...
Quero esses tempos de volta! Quero esquecer o passado, não as partes boas, mas as partes menos boas...

"______ eu acho que sinto algo mais por ti..."
Eu disse-te isso. Fui o mais sincera que poderia ter sido.

Esquece todas as outras verdades, mas não esta última, por favor...

Outra vez?
Segunda oportunidade, para ambos?  




Eu caía. Levantava-me.
Eu chorava. Eu limpava-me.
Eu tremia. Agora olho em frente!

sábado, 7 de abril de 2012

If i ever die, i would prefer to die with you, but not inside you...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ser Génio é uma tarefa solitária.

Desabafo.


Não te percebo. Num dia, amas-me. No outro, desprezas-me.
Tu não sabes amar, não sabes dar valor a uma vida que te fascina! Pois simplesmente tens medo, medo de ser rejeitado, espezinhado!
Cobarde! Sim tu! Tu és um cobarde!  Enquanto tu não enfrentas os teus medos, aqui estou eu à janela apanhando toda esta chuva, esperando por ti, que apareças à minha porta, ingenuamente...
Eu amo-te!
Sim senhor!
Eu amo-te!
Mas já não sei até quando, já não sei se perdurará este meu sentimento... E era suposto ser meu, só meu! Mas tu roubaste-mo! Espezinhaste-o!  Primeiro choras e lutas por ele como se fosse o fim do mundo. Mas depois despreza-lo como se fosse um simples verme que te rasteja pela tua pele, gélida,  fria e distante. Tu não me mereces. Todo este meu sofrimento e dor!
Não o mereces!
Vai para a outra. Vai. Ela que não te conhece tão bem, como eu. Ela que não te percebe, como eu. Ela que não te deseja tanto, como eu!
Cobarde! Estúpido!
Cobarde!
Nem os teus próprios sentimentos os consegues confrontar. Não os consegues perceber, não queres saber  o que é feito o Amor. Simplesmente não queres...
Pois bem! Se não o queres saber, fica a saber que não ficarei mais à tua merçê dos teus jogos! Que não  icarei mais à tua espera sentada na esquina sem saber o que fazes! sem saber como me trais! Até que te encontre agarrado à outra...
A outra é menos profunda, não sabe o que é a vida. É falsa! É má! É vil! Roubou-me o ser mais precioso  ue eu tanto amava! Ela conseguiu cegar-te com os seus joguinhos fatais, com o seu corpo, com o seu  sangue... Pois tu preferes corpo ao espírito, à obra, à alma! Ela comprou-te, enquanto me roubava de ti...
Eu dei-te um abrigo! Alimentei-te de carinho e afecto e amor! quando mais precisavas! Dei-te leitura e  cultura. Recitei-te poemas. Fiz-te melodias! Deitas-te tudo isso para o esquecimento. Sabes porquê? Porque eram demasiado profundos para alguém tão vulgar como tu. Para alguém que deixou vender a sua própria alma por coisas tão banais, como o corpo!

Tu não pertences à minha raça. Não vales nada... És vulgar, um simples ser que deambula por aí, à procura  e um destino melhor.
És um cobarde! Pois temes o Amor! Temes que ele te magoe! Temes perder-me! Temes que eu te  abandone, que eu não te ame! Temes que seja demasiado doloroso para ti, que sejas demasiado fraco, que não consigas suportar toda essa angústia que seria de não me ter!
Mas eu amo-te!
Porque não arriscas??
Não te percebo porra!
ÉS UM CEGO!

Se calhar é porque simplesmente não tens alma, já que fora roubada, e eu ainda a tenho. E corpo e alma,  ão se conjugam apenas e só com esses dois ingredientes, cada um tem de ter um pouco do outro. Mas tu alma, já não te resta mesmo nada. Foste morto, pela outra!  Ou então por não saberes como amar-me. Porque receias o Amor...
Por isso, és distante, frio e gélido para quem te sorri. Enquanto que és caloroso, afável e amante para quem te apunhala... Pois não sabes o que é o Amor,  pois receia-lo, teme-lo, foges dele por ser tão verdadeiro, que te custa até crer nele. Foges de mim!

Foge então!
Foge então meu cobarde!

Cobarde!

Cobarde, que eu tanto amo...


Tu.








quinta-feira, 5 de abril de 2012

You don't know how to Love. 
Sorry, but I'm done... with you.






David Fonseca - Someone Who Cannot Love
Deixa lá então... Fica sozinho(a) nos teus medos, que eu cá combato os meus.
Adeus.
Se tens medo, arrisca. Pois só assim saberás se valeu a pena ou não o teu esforço. Não tenhas medo.
Só se arriscares é que podes receber um Sim.
Pensa assim, recebes sempre algo, um Não. Mas há sempre a outra possibilidade, um Sim. 
E se arriscares, pode ser que tenhas o meu...
"Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o acto de sorrir. E sorrir é rir sem fazer ruído e executando contracção muscular da boca e dos olhos.

O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor do dicionário no acto de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca tivesse sorrido na vida. Por aqui se vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a sonhar um dicionário que desse precisamente, exactamente, o sentido das palavras e transformasse em fio-de-prumo a rede em que, na prática de todos os dias, elas nos envolvem.

Não há dois sorrisos iguais. Temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde, o de ternura, o de cepticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso.

O Sorriso (este, com maiúsculas) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda, não tem nada que ver com as contracções musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era um sorriso."


José Saramago 


Charlie Chaplin.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Em busca de uma outra dor.


Eu fujo. Eu corro. Eu grito!
Eu peço ajuda, e nada. Eu peço que me oiçam, e nem um silêncio. Eu peço um perdão, e nem uma palavra oiço…

Eu pensava que já tinha deixado para trás essa grande mágoa. Mas parece que não.
Á noite, quando sonho com os meus montes verdejantes e com cavalos brancos e pretos e de todas as cores, a lá pastarem, assombram-me aquelas memórias… aquelas terríveis memórias. De uma outra vida, de um outro descontentamento, mas de que ao mesmo tempo me achava mais feliz, menos vazia!
Não o percebo. Não percebo o porquê desta grande confusão neste meu pobreespírito! Supostamente era para me sentir mais feliz num sítio em que existe gente que nos ama, que nos abraça, que chora por nós, que compartilha e sente também as nossas próprias dores… Era suposto ser assim.

Mas porque é que comigo assim não o é também? Que raios!
Que raios de minha gente é que eu sou?? Estes meus pobres de espírito já nem sabem com o que se devem contentar… estou partida. Quebrada. O meu ser, o meu glorioso ser que em tempos eu fui, já partiu.
Partiu desgraçado em busca de uma outra dor, mas menos forte.
A felicidade, não sabe ele o que é. Pois nunca a teve. É triste, ver que esse pobre ser, que em tempos fora eu, glorioso, vitorioso mesmo nas batalhas mais difíceis, acabara por morrer. Não de morrer fisicamente, mas de espírito. De luta. De garra. De esperança…
Eu morri naquela noite. Todo o meu orgulho em meu ser, se desfez em pó nas tuas injúrias… na tua raiva por mim.

 A minha existência, nunca tu o desejaste em ter. a minha alegria, muito menos tu o desejaste em ver. Pois tinhas medo de se confrontar com a tua infelicidade, com a tua injustiça de viver!
Tu não querias. Tu não o desejavas! De que eu fosse mais forte do que tu, de que eu ultrapassasse ventos e marés, enquanto permanecias à minha espera no cais, como se a torcer contra as minhas forças, para te sentires mais leve, mais superior a mim.
Mas caías. Voltavas a cair nos teus infortúnios. Eu chegava sempre ao cais, mesmo tu soprando com quantas forças tu tinhas, as piores tempestades contra mim… Eu caía. Ora eu me levantava. Eu chorava, ora eu me limpava. Eu tremia, ora eu olhava em frente.

Tu nunca o conseguiste, essas minhas proezas. E eu que era uma singela flor, eu que era pura e inocente como o branco dos céus! Mas tu não, tu eras as tempestades, as vinganças dilaceradas, eras as dores de todo o mundo, e de mais nada a não ser de ti.

 Mas agora ali está ela.
 A minha outra pessoa.
 A que saíra, em tempos, gloriosa de um passado assombrado, tenebroso.
Está em busca de uma outra dor, de uma outra dor mais profunda, para se esquecer de procurar a felicidade, pois tem medo que essa também a magoe…