quarta-feira, 21 de maio de 2014
O Homem sem sentido
seu cruel sentido,
seu rumo maléfico,
sua alma esmagada,
seu jeito anti-benéfico.
não foi ele quem virou a página,
apenas destruiu o livro.
foi sua saída da monotonia de se viver
para no fim, se prender.
não, não é capaz.
não é capaz de construir algo grandioso.
apenas algo sem jeito,
algo defeituoso.
sua paz não nos comove,
pois sabemos que por dentro é espírito inquieto.
é um aficionado e obcecado
por este ser,
pela sua desgraça.
não, não é capaz
de ler nos seus olhos tanta maldade junta,
tanta simplicidade do seu jeito diabólico,
mesmo sem assim parecer aos olhos do mundo,
cuja interpretação deste, é ser mais um normal.
seu sentido cruel não nos espanta.
apenas nos desencanta o seu desencanto
por si, pelo resultado
da fusão com outro ser
o qual, ele nunca quis saber ...
o seu sentido, já não o há.
essa força do mal, já não se entende.
porque não vira ele a página de vez?
porque não muda ele o tom do seu rumo?
porque não pinta ele doutra cor,
esses seus olhos cobertos de dor,
para se preencherem agora, finalmente,
de amor?
''talvez, talvez...''
responde o Homem.
talvez então agora diga,
que já nem o seu sentido cruel,
tem sentido.
e no fim, quando podia ao menos ser um sem-abrigo,
decidiu assim, tornar-se num Sem-Sentido.
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