Aqui estou eu sentada,
de costas para o caminho,
no comboio
(talvez da vida, talvez não)
por cima das águas, outrora, dos sete cantos do mundo
descobertos um dia pelos meus também antepassados,
quem saiba.
Parto de costas e isso não vale,
não é nada.
É uma grande batota minha, é sim senhora.
Pois bem tento virar as costas a um passado
tenebroso, obscuro, pesado e violento,
mas mesmo assim fugindo dessas tempestades
fujo um pouco mais cobardamente
do que restantes outros seres.
Pois embora, siga
neste comboio
em frente a outros destinos,
a outros caminhos,
continuo a viajar de frente para o passado
e de costas para um futuro.
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